Seguro de Equipamento Fotográfico no Brasil: Tudo o que o Fotógrafo Precisa Saber. Seguro de máquina fotográfica
- Mauricio Daher

- 27 de out.
- 3 min de leitura
Se você é fotógrafo, profissional ou amador, já deve ter sentido aquele frio na barriga ao pensar: “E se roubarem minha câmera?” ou “E se ela cair durante um evento?”
Equipamentos fotográficos são caros, sensíveis e muitas vezes indispensáveis para o trabalho.
Por isso, entender como funciona o seguro de câmeras, lentes e acessórios no Brasil é fundamental para proteger seu investimento e sua tranquilidade.
Na Foto Conceito Escola de Fotografia, sempre incentivamos nossos alunos a cuidar não só da técnica, mas também do patrimônio.
Afinal, a fotografia é arte, mas também é profissão.

1. O que é o seguro de equipamento fotográfico?
É um tipo de seguro específico para cobrir danos, furtos ou perdas de câmeras, lentes, flashes, drones e outros acessórios.
Funciona de forma parecida com o seguro de carro: você paga um valor (prêmio) e, em caso de sinistro, recebe indenização para reparar ou substituir o bem.
As seguradoras geralmente exigem:
Nota fiscal do equipamento (ou declaração de propriedade, em alguns casos);
Número de série de cada item;
Descrição detalhada dos equipamentos segurados (marca, modelo, valor).
2. O que o seguro cobre (e o que não cobre)
Nem todos os seguros são iguais. É essencial ler com atenção as condições gerais da apólice.
Mas, de modo geral, os seguros fotográficos podem cobrir:
Roubo qualificado: quando há evidência de violência ou arrombamento.
Furto simples: algumas seguradoras cobrem, outras não (verifique!).
Danos acidentais: quedas, líquidos, impactos, incêndios.
Danos elétricos: curto-circuito, variação de energia, raio.
Transporte: se o equipamento for danificado em deslocamentos (aéreo, rodoviário, etc.).
Não costumam cobrir:
Desgaste natural (uso prolongado);
Mau uso ou falta de manutenção;
Danos estéticos sem prejuízo funcional;
Equipamentos sem nota fiscal ou procedência duvidosa.

3. Quanto custa o seguro de equipamentos fotográficos
O valor do seguro depende do tipo de cobertura e do valor declarado dos itens.
Em média, o custo anual varia de 3% a 8% do valor total segurado.
Exemplo: Se você possui R$ 20 000 em equipamentos, pode pagar algo entre R$ 600 e R$ 1 600 por ano.
Além disso, existe a franquia, um valor que o segurado paga em caso de sinistro.
Normalmente, a franquia é de 10% a 20% do valor do item sinistrado.
4. Como contratar o seguro
Você pode contratar de duas formas:
a) Diretamente com seguradoras
Algumas companhias que costumam aceitar esse tipo de seguro:
Porto Seguro
Tokio Marine
Allianz
Mapfre
HDI Seguros
Bradesco Seguros
Nem todas têm planos específicos para câmeras, então peça um seguro de “bens portáteis” ou “equipamentos profissionais”.
b) Por corretoras especializadas
Há corretoras que trabalham diretamente com fotógrafos e cinegrafistas, oferecendo planos sob medida.
Exemplos:
P4S Seguros (Plano para Profissionais de Imagem)
Corretoras independentes que fazem seguro de drones, notebooks e câmeras.
O corretor é quem monta a apólice de acordo com seu perfil, local de uso e valores.
5. Seguro com cobertura internacional
Se você viaja com frequência para fotografar fora do país, informe isso ao corretor.
Existem planos com cobertura internacional, que garantem indenização em caso de furto ou dano durante viagens.
Esse tipo de seguro é mais caro, mas vale cada centavo para quem trabalha com destination weddings, ensaios ou viagens documentais.

6. Dicas para evitar problemas
Guarde as notas fiscais originais — ou pelo menos cópias digitais.
Anote o número de série de cada item e fotografe-os (é uma prova visual de propriedade).
Atualize o valor do seguro sempre que comprar novos equipamentos.
Comunique à seguradora qualquer mudança de endereço, rotina de uso ou viagens internacionais.
Leia atentamente a apólice: ela é o contrato. Tudo que não estiver ali, não será coberto.
7. Exemplo prático
Imagine um fotógrafo com o seguinte kit:
Equipamento | Valor estimado |
Câmera Canon R8 | R$ 9 000 |
Lente 24-105mm | R$ 4 000 |
Flash Godox V1 | R$ 2 200 |
Mochila fotográfica | R$ 600 |
Total | R$ 15 800 |
Um seguro de 5% ao ano custaria cerca de R$ 790 por ano, com franquia de 10% em caso de sinistro.
8. Vale a pena fazer seguro?
Sim, principalmente se você usa o equipamento profissionalmente.
Basta um furto durante um evento ou uma queda inesperada para gerar prejuízos enormes.
O seguro não impede o imprevisto, mas garante que ele não destrua seu negócio ou seu sonho.
Fotografia é investimento e proteger seu equipamento é proteger sua arte.
9. Conclusão
Fazer o seguro do seu equipamento é um ato de responsabilidade e profissionalismo.
Assim como limpar o sensor, calibrar o monitor ou estudar composição, é parte da rotina de quem leva a fotografia a sério.
Na Foto Conceito Escola de Fotografia, orientamos nossos alunos a pensar de forma completa: técnica, criativa e preventiva.
Saber fotografar é importante. Mas saber cuidar do que te permite fotografar é essencial.
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Assinatura:
Professor Maurício Daher
Diretor Didático – FOTO|CONCEITO
São Paulo – Cursos Presenciais www.fotoconceito.com
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