Dicas de fotografia de arquitetura.
Atualizado: 4 de set. de 2023
Um imóvel é um produto, e como todo produto, precisa ser retratado corretamente. Uma vez tomada a decisão de venda ou locação, isso deverá se dar o mais rápido possível. Imóvel parado se traduz em despesas como IPTU, taxa de condomínio, e tarifas de energia elétrica, entre outras. Sem contar manutenção e limpeza. É nesse momento que a fotografia profissional entra em cena, mostrando o imóvel da maneira correta. Primeiramente, há que se distinguir fotografia imobiliária e fotografia de arquitetura. A primeira, deve dar ênfase em mostrar a amplitude do imóvel, independente, por exemplo, se este está mobiliado ou não, ou mesmo se está em boas ou más condições. Esse tipo de fotografia tem a função de comercializar o imóvel. Já a fotografia de arquitetura tem o objetivo de mostrar um projeto, seja da edificação propriamente dita ou dos ambientes internos (mobiliário, marcenaria, acabamentos, iluminação). Ou os dois. A grande questão da fotografia imobiliária é a diferença entre a luz do exterior que é infinitamente mais forte do que a iluminação dos ambientes internos. E o primeiro passo para uma boa imagem é usar o equipamento adequado. As objetivas apropriadas são aquelas de "range" entre 10 e 20 milímetros para câmeras de sensor APS-C e entre 16 e 35 milímetros para sensor Full frame. E falando em Full frame: não, ele não é essencial para este tipo de fotografia. Eu utilizo o formato APS-C desde que comecei. Com relação a técnicas de captura, na minha visão, basicamente são três: "Single shot", HDR e Flambient. Muito resumidamente, vamos lá: Se vc tem uma alta demanda, precisa fazer as fotos rapidamente e entregar também no menor tempo possível, o Single Shot é pra você. Um clique, uma imagem. Exposição suficientemente lenta para captar os detalhes do interior e rápida o bastante para não deixar a iluminação externa estourar. Tudo ao mesmo tempo. No mesmo clique. Flash ajuda. Ajustes de exposição, realces e sombras por sua conta no seu software preferido. O meu é o Lightroom. Se você tem mais tempo, (e o seu cliente paga mais), você pode lançar mão do HDR. Câmera no tripé, e de três a cinco cliques no mínimo em bracketing de exposição para captar a luz do exterior e a iluminação que incide no ambiente interno. Finalizamos com a mesclagem das imagens nas diferentes exposições, no software de edição.
Por fim, temos o rei, o espetacular e adorado Flambient. Ele é muito utilizado nos Estados Unidos (onde, aliás, muito diferentemente do Brasil, um imóvel só é anunciado se tiver fotos profissionais). Mas isso é tema pra outro texto. O Flambient exige mais equipamentos (inclusive uma bela máquina para a edição). Também é, de longe, a mais demorada e a que exige mais investimento. O "prêmio" é um resultado cinematográfico. "Grosso modo", são feitas inúmeras capturas, com e sem luz artificial. Sala grande? Haja flash! Posteriormente no Photoshop as imagens são mescladas em camadas para chegar ao resultado.
Fotografia feita com técnica Flambient.
A fotografia imobiliária é o meu trabalho. Já tive a oportunidade de fotografar mais de 3000 imóveis desde 2019. Comecei na raça. Foi muita tentativa e erro. No meio do caminho, tive uma contribuição mais do que valiosa do curso que fiz no final desse mesmo ano na Escola Foto Conceito. É isso aí! Abraços a todos. Dicas de fotografia de arquitetura.
Conheça o Instagram da autor: Rodrigo Lopes Guimarães.
*As opiniões deste texto não necessariamente refletem as opiniões da escola.
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