Smartphones e a fotografia de interiores.
- Rodrigo Lopes Guimarães
- 13 de jul. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 4 de set. de 2023
O smartphone é um ótimo equipamento para fazer fotos. A evolução deste dispositivo caminha a passos largos nesse quesito. Em ambientes bem iluminados ele vai muito bem.
Porém, quando se fala em fotografia de interiores, ele não supera a boa e "velha" câmera.
E digo isso por várias razões.
Primeiramente, pelo tamanho do sensor. Ele é dezenas de vezes maior na câmera do que no smartphone. E quanto maior o sensor, mais luz ele capta. Não esqueçamos que em fotografia de interiores, a luz é escassa (Não deixem o iPhone ouvir isso. Ele poderá ficar chateado).
O segundo fator é a possibilidade de uso de um speedlite, uma vez que a captura da imagem tem que ser sincronizada com a emissão da luz. E isso é impossível de ser feito com o smartphone. (Tirem ele da sala, ele ficará magoado).
Terceiro fator: distorção da imagem. A maioria dos smartphones tem lentes grande angulares. Porém, a questão da distorção ainda não está bem resolvida e mesmo com uso de softwares, a correção está longe de ficar perfeita. Já as objetivas adequadas são ótimas. Vide as grande angulares "retilíneas" que geram imagens com quase zero distorção. Seu smartphone não curtiu isso.
Quarto fator: qualidade ótica (nitidez) e luminosidade das objetivas. A pequena lente do smartphone não chega aos pés das objetivas das câmeras. A começar pelo diâmetro: são 70 milímetros em média a favor das Dslr/mirrorless contra menos de 10 milímetros nos smartphones (mais área, mais captação de luz, não se esqueça).
Para exemplificar, li na semana passada sobre o novo telescópio que está sendo construído no Chile. Ele tem o diâmetro 4 vezes maior do que o mais avançado telescópio em utilização no momento. Segundo os especialistas, esse aumento no diâmetro permitirá recolher quinze vezes (eu disse quinze vezes) mais luz. Agora vamos fazer uma conta rápida: se com 4 vezes mais diâmetro, capta quinze vezes mais luz, imagine um sensor full frame que deve ser umas cinquenta vezes maior que o sensorzinho do smart ? (Ouvi ele chorando aqui na sala do lado).
Ah, mas e a nitidez? Temos a imbatível SÉRIE L, entre outras marcas nível TOP ( agora o texto ficou na moda, hein).
E agora vamos falar da área dos nossos queridos pixels. Nas câmeras eles são infinitamente maiores do que nos sensores de smartphones. E quanto maiores eles são, mais luz eles captam. Já ouviu isso antes, né?
É, senhores e senhoras... Por aqui, tamanho faz diferença sim. Mais vale uma Canon RP com seus 26 milhões de pixels grandes do que um Motorola G60 de 100 milhões de pixels minúsculos.
Que goleada hein, amigos.
Ah... Smartphones! vocês ainda estão aí? Vocês são ótimos, imbatíveis pra algumas coisas, mas... em fotografia de interiores... as câmeras mandam um abraço. Olhando vocês pelo retrovisor. Por enquanto.
Até a próxima.
Smartphones e a fotografia de interiores.
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*As opiniões deste texto não, necessariamente, refletem as opiniões da escola.
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